terça-feira, 9 de maio de 2023

Do Velho se faz novo - Sustentabilidade e economia circular



Quando me casei e tive a minha primeira casa, compramos tudo novo, de linhas modernas e nos tons que se usavam na altura. Fomos também como muitos jovens casais ao IKEA e afins para dar à nossa o ambiente que queríamos.

Mas já na altura, e apesar de em tantas coisas a nossa casa ser semelhante a tantas outras, tinha de herança umas cadeiras antigas do meu avô que mandamos estofar, e um bengaleiro também antigo e que também tinha sido recuperado, e que davam à nossa casa um ar diferente.

Nos 7 anos que lá moramos a casa foi sofrendo alterações, até porque ainda foi lá que nasceu o Zé Maria, e percebi que os móveis novos que tínhamos comprado na altura eram os que eu menos gostava e que não me identificava de todo com eles.

Quando trocamos de casa, por altura do nascimento do António, acabei por vender esses móveis de que não gostava tanto, ou de os relegar aqui em casa para o sótão e para arrumações diversas…

Foi no ano que engravidei do António  que consequentemente trocamos de casa, que a minha avó morreu, e que houve a necessidade de esvaziar a casa de aldeia, a casa dos meus bisavós.

Deu-se o caso que eu tinha agora uma casa muito maior e praticamente vazia, que se encheu dos móveis antigos inicialmente para encher o espaço, mas que rapidamente foram ficando e encontraram o seu espaço na nossa casa.

Da nossa casa antiga vieram o sofá, a nossa cama, o berço e a cama/sofá que estavam no quarto do bebé Zé Maria e que era também quarto de hóspedes, as cadeiras estofadas do avô e o bengaleiro antigo e pouco mais (e resto que veio, veio para arrumação e não para decoração).


Havia na casa dos meus bisavós um louceiro antigo que eu adorava e que me estava “prometido”. E era inicialmente a única coisa que eu queria para colocar na minha cozinha nova. Mas depois, ao entrar na casa e ver aqueles móveis ali, abandonados à sua sorte para serem dados, vendidos, abandonadas e até destruídos, acabei por achar que me podiam safar durante uns tempos.





Mas assim que olhei para eles e lhe comecei a ver as potencialidades e os destinava a recantos da minha nova casa, eles começaram a ganhar outra vida. Veio a velha mesa da adega, em cujas gavetas a minha avó fazia sabão. Essa mesa, assim como o louceiro foram recuperadas e estão desde então na minha cozinha. Vieram camas de ferro que são agora as camas dos rapazes. Veio um baú antigo que viajou até à América, uma cristaleira que se transformou num móvel bar, o antigo psiché da minha avó que está no meu quarto e as mesas de cabeceira da mobília dela que são agora as mesas de cabeceira dos miúdos. Veio um aparador, um canapé, mesas e mesinhas, sofás dos anos 60 que entretanto foram estofados também (apesar de já terem obras de arte da Benedita pintadas) um cadeirão que fazia parte da mobília de solteira da minha mãe, a mesa que tenho na sala de jantar, uma máquina de costura antiga, mesas, cadeiras e bancos porque isto é sempre uma casa cheia de gente e há alturas que são precisos lugares para sentar.


Os móveis velhos, de madeira, datados para muitos, deram alma à minha casa e eu adoro-os. Alguns ainda têm de ser recuperados, mas têm este lugar aqui em casa. Todos os dias que entro em minha casa, sinto que ela tem uma alma e um estilo que é só mesmo meu/nosso e não se enquadra em nenhum outro.


Foi por isso que ao longo dos quase 8 anos que já  aqui moramos, foi herdando coisas dos avós do Miguel, e dos meus avós paternos. Coisas que foram sendo chamadas ao seu lugar nesta casa em vez de comprar novo. Cheguei à conclusão que gosto muito mais de coisas antigas do que dos móveis todos iguais, e que adoro misturar as coisas velhas com alguns apontamentos de coisas novas. 

Não só móveis mas louças e roupa de casa também. Lençóis bordados, toalhas de mesa e colchas das que ficaram guardadas uma vida para ocasiões especiais, e que raramente viram a luz do dia, mas que agora estão a uso quase sempre, porque as coisas bonitas são para se usar.

Todos os dias me deito numa cama com lençóis bordados e com rendas - das minhas avós ou da avó do Miguel. Ou quando recebemos amigos as toalhas têm rendas e estiveram uma geração inteira sem ser usadas porque podiam ficar com nódoas.


Cheguei depois a uma fase que, em vez de comprar novo, sempre que precisava de alguma coisa, ia procurar primeiro nos baús e gavetas dos avós. Das coisas que elas não usaram e que provavelmente ninguém mais ia usar até acabarem num qualquer contentor ou doação a misericórdias ou igrejas.


A recente morte do meu avô levou-me novamente a revisitar móveis, roupas, quadros e louças… E voltei a trazer tudo aquilo que me chamou a atenção para fazer pequenas alterações e mudanças, e até os meus amigos já me perguntam se quero alguma coisa quando sabem que têm móveis antigos para “deitar fora”.





Por exemplo, as camas de ferro antigas dos meus filhos, receberam agora umas colchas “novas “ velhas, que estavam esquecidas em gavetas na casa do meu avô. Não são iguais, mas são de qualidade, bonitas (eu gosto), e depois de ter andado atrás de umas novas e nada me ter convencido - quer pela qualidade, quer pelo preço - percebi que estava à espera destas sem saber que eram estas que eu queria.


Claro que não servirá o gosto de toda a gente, mas deixo-vos este “desafio”: antes de comprarem novo, e se têm essa possibilidade, visitem sótãos e baús dos avós e dos pais. Descubram memórias para encherem a vossa casa de alma e a tornarem única com as vossas recordações. Procurem até móveis antigos e que possam pintar e transformar a vosso gosto. A sustentabilidade e a economia circular passam por muito mais do que só a alimentação e a roupa do nosso corpo. E às vezes basta olhar para as coisas de outro angulo para passarem a fazer mais sentido.


O maior elogio que me fazem, é quando conhecem a minha casa e me dizem que ela emana uma alma diferente e tem um estilo muito próprio. 

quarta-feira, 26 de abril de 2023

3 receitas de preparados que lhe simplificam a vida na cozinha



Eu gosto muito de cozinhar, mas também gosto muito de poder simplificar as coisas na cozinha de modo a ser mais rápida e eficiente. Até porque quem cozinha todos os dias precisa de alguns atalhos.

Preparar as refeições todas de uma vez, fazer meal prep, são algumas técnicas para poupar tempo e evitar, para quem quer, não ter de cozinhar todos os dias. Mas há muito mais que se pode fazer apenas para simplificar o ato de cozinhar, e até aproveitar algumas coisas.


Não foi a primeira vez que fiz, mas confesso que já não fazia a minha própria massa de alho há muito tempo. Foi preciso ter cabeças de alho a quererem grelar que me voltei a lembrar de fazer este preparado. O mesmo com umas cebolas,  e com um ramo de salsa a ficar amarelo.


Por isso parelho aqui a receita de 3 preparados que, tanto simplificam a altura de preparar o almoço ou o jantar, como são perfeitos para aproveitar ingredientes.


Qualquer um destes temperos pode ser guardado no frigorífico até 1 semana, como pode ser congelado - em couvetes de gelo, por exemplo, e usado depois conforme as necessidades. As ambos os casos são práticos e são uma forma de evitar desperdício alimentar no caso de usarmos ingredientes que possam estar a começar a ficar murchos, grelados e em fim de vida.


1- Massa de Alho


Basta descascar 4 cabeças de alho e colocar no copo da varinha mágica. Juntar um bom punhado de sal grosso e cerca de 70ml de azeite.

Triturar bem até obter uma pasta, colocar num frasco, cobrir com um pouco mais de azeite e fechar.

Guardar no frigorífico e usar consoante as necessidades: um assado, um refogado, fazer arroz, molho.... basta voltar a cobrir com um pouco de azeite depois de usar. Aguenta no frigorífico algum tempo, mas podem também congelar e usar direto do congelador.


2 - Refoga Caseira de Alho e Salsa


Triture  2 cebolas descascadas, 15 dentes de alho, 1 ramo grande de salsa, sal e 75ml de azeite tudo até obter uma pasta e coloque num frasco. Cubra com azeite e guardo no frigorífico ou congele.

Use uma colher de sopa para iniciar os seus refogados ou para temperar assados.

Esta mistura "refoga fácil" tem tudo aqui que é preciso para iniciar um qualquer refogado. Basta 1 colher de sopa e já está! E ao mesmo tempo poupa tempo, evitou que deixasse estragar a salsa e pode ser uma opção para alguns. Podem guardar no frigorífico, bem fechado e coberto de azeite por 1 semana, ou optar por congelar em couvetes de gelo (doses individuais) e usar direto do congelador.



3  - Refoga Caseira com Coentros


Triture 3 cebolas descascadas, 10 dentes de alho, 1 ramo de coentros, sal e 75ml de azeite até obter uma pasta e coloque num frasco. Cubra com azeite e guardo no frigorífico ou congele.

Use uma colher de sopa para iniciar os seus refogados ou para temperar assados.

Esta mistura "refoga fácil" tem tudo aqui que é preciso para iniciar um qualquer refogado. Basta 1 colher de sopa e já está! E ao mesmo tempo poupa tempo, evitou que deixasse estragar a salsa e pode ser uma opção para alguns. Podem guardar no frigorífico, bem fechado e coberto de azeite por 1 semana, ou optar por congelar em couvetes de gelo (doses individuais) e usar direto do congelador.


quarta-feira, 19 de abril de 2023

10 Formas de Poupar Dinheiro na Hora de ir às Compras



Os tempos não estão fáceis para ninguém. Taxas de juro dos créditos à habitação a aumentar, a inflação, os gastos com a energia e os combustíveis. Ir ao supermercado e sentir que tudo sobe quase de dia para a dia…


É difícil deixar de fazer contas diárias, de fazer escolhas diferentes e de tentar poupar onde é possível.  Não há dúvidas para ninguém como aumentaram os gastos com a alimentação, e como os orçamentos domésticos sofreram com esses aumentos.


Só quero esclarecer uma pequena coisa. Os nossos gastos de supermercado têm muito a ver com as nossas escolhas de todos os dias, tipo de alimentação - quem faz uma alimentação sem glúten, por exemplo - e muitos a ver com os nossos hábitos de consumo. Não é um julgamento, mas o que não é importante para mim, e não faz parte do meu carrinho de compras, como refrigerantes, iogurtes xpto, bolachas e bolachinhas, cereais kids, etc… são coisas que podem não ser essenciais, mas são essenciais para famílias para quem esses artigos fazem parte dos carrinhos de compras.

Um pacote de aveia e iogurtes naturais serão sempre mais baratos que cereais de chocolate e iogurtes cremosos com recheios vários. E muitas vezes gastos maiores no supermercado têm a ver com estes hábitos de consumo. 


No entanto há  coisas que podemos fazer, e ter atenção a isso  pode fazer a diferença e fazer-nos poupar algum dinheiro na hora de ir às compras.


1 - Lista de Compras - Parece que estamos sempre a falar da mesma coisa. Mas uma lista de compras bem feita, principalmente a partir de uma ementa semanal já preparada, pode poupar-nos muito dinheiro, Porque em vez de colocarmos coisas aleatórias no carrinho, que não sabemos sequer se vamos precisar ou não, e que muitas vezes vão ficar esquecidas na despensa até passarem do prazo, ou no frigorífico até murcharem, vamos comprar o que efetivamente necessitamos para aquela semana. Nem mais, nem menos.


2 - Ir às Compras 1 vez por semana, em vez de passar no supermercado todos os dias - Se a vossa lista de compras estiver bem feita, e for bem planeada, acabaram-se as idas diárias ao supermercado porque nos esquecemos de qualquer coisa importante. Porque a maioria de nós nunca vai ao supermercado só comprar aquilo que falta, mas compra mais coisas que provavelmente não vai precisar. Limitar as idas às compras também limita os gastos, além de pouparmos tempo!!


3 - Comprar as quantidades necessárias - Se durante a semana comem 12 iogurtes, porquê comprar 14? Se precisam de 1 kg de arroz, para quê comprar 2 ou 3? Se consomem apenas 2 kg de maçãs para quê levar 3kg e depois ter de aproveitar maçãs murchas quando na semana seguinte voltam às compras e podem comprar novamente fruta, legumes e iogurtes “frescos”. Na maioria das vezes não justifica andarmos a fazer grande stocks de produtos, uma vez que vamos todas as semanas às compras. Eu prefiro o dinheiro no meu bolso do que investido em comida na despensa e no frigorífico, (que se pode acabar por estragar e é dinheiro no lixo) e tenho apenas coisas que preciso para essa semana e alguns extras que aproveito de promoções que valham mesmo a pena.


4 - Aproveitar Promoções e Artigos em proximidade de fim de validade - A excepção para stocks deve ser feita em artigos em promoção ou até de aproximação de validade. Mas atenção.  Vale a pena fazer stocks de produtos que não fazem parte da nossa lista de compras habituais? Se não compro habitualmente bolachas, valerá a pena comprar 5 pacotes porque estão com 50% de desconto? Vale a pena comprar 10kg de arroz quando a diferença de preço é de apenas 0,10€. Não haverá entretanto outras promoções melhores antes de eu gastar os 10kg de arroz? Aproveitem as promoções mas não se deixem enganar. Se um artigo de marca tem 30% de desconto e ainda assim fica mais caro que a marca que compram habitualmente valerá a pena pagar mais? Há promoções enganadoras. Ponderem bem. Artigos como carne, peixe, congelados ou enlatados que usem regularmente são sempre aqueles que devem ter prioridade em promoções e stocks.


5 - Diversificar as compras - Sei que é controverso para algumas pessoas, mas para mim faz toda a diferença comprar em 2 ou 3 locais diferentes as compras da semana e acho que se conseguem poupar alguns euros significativos. As minhas frutas e legumes são comprados no comercio tradicional e diversifico por 1 ou 2 supermercados as minhas compras trazendo os produtos que para mim são de melhor relação qualidade/preço de cada um deles. No meu caso noto muita diferença em alguns produtos. No caso da fruta e legumes consigo melhor preço e melhor qualidade na frutaria onde vou, do que em qualquer supermercado.

E nem sempre vou na mesma semana a dois locais. Com uma lista bem feita dá para alterar o supermercado a cada 15 dias, trazendo de cada um deles os melhores produtos a cada 15 dias poupando assim também tempo além de dinheiro.


6 - Comprar sazonal - Frutas e legumes da época serão sempre mais em conta do que fora de época. Ter uma tabela dos ingredientes por estação permite-nos comprar os alimentos da época e até diversificar a nossa alimentação. Por exemplo, as courgetes são um fruto de verão e estão mais em conta assim que começa o calor do que em Novembro ou Dezembro. Nessas alturas podemos optar por abóbora ou outro legume dessa altura e ir fazendo essa gestão.

Outra coisa importante. No dia a dia não há necessidade de frutas importadas como mangas, abacaxi, papaia. Deixo sempre essas frutas para datas festivas e no dia a dia semanal apostamos em maçãs, peras, laranjas, clementinas, bananas, uvas, ameixas ou pêssegos, conforme a estação o ano (época) e de preferência sempre optando por fruta nacional. Por exemplo, morangos a 10€ o kilo quando aparecem ainda em Janeiro ou Fevereiro não é viável para mim. Mas basta esperarmos um mês ou dois e o preço baixa para menos de metade, assim que começa a época dele!


7 - Optar por alguns alimentos congelados e enlatados - Há muitos mitos associados a alimentos congelados e enlatados. Mas legumes congelados (leiam a composição porque há legumes que não são só legumes e têm farinhas e óleos na sua composição, normalmente quando são preparados prontos a cozinhar!) São  praticamente tão nutritivos como os frescos, para além de vos poderem poupar algum tempo de preparação, porque basta “virar” para a frigideira ou panela. Além disso são, por norma, mais em conta que os alimentos frescos - mas comparem sempre os preços!

Carne e peixe congelados também são boas opções e mais uma vez não têm menor qualidade. São sim formas seguras de muitas vezes escoar stocks em excesso e de garantir que chegam ao consumidor  e que têm maior durabilidade. Compro várias opções de peixe congelado, principalmente para algumas receitas e em minha casa há sempre brócolos, ervilhas, espinafres uma ou outra mistura de legumes para saltear. Assim garanto que nunca falta e é uma opção económica e que ajuda a diversificar a alimentação.

O mesmo se passa com enlatados: tomate pelado, leite de coco, atum em azeite,  leguminosas (apesar de habitualmente demolhar e cozer as minhas leguminosas) são opções económicas e rápidas de preparar e algo que tenho sempre na despensa.


8 - Leguminosas - As leguminosas são económicas e nutritivas e uma forma de planear refeições dentro de um orçamento. Tentem incluir pelo menos uma refeição por semana  em que as leguminosas sejam o prato principal - sem carne nem peixe. É uma forma de incluir refeições sem carne nem peixe, também diminuindo a pegada ecológica. Pessoalmente prefiro comprar em seco e demolhar e cozer em casa - que também fica mais em conta, mas a opção em frasco/lata é também totalmente viável.


9 - Respeitar o alimento como um todo - Se compram um alho francês inteiro desperdiçam a rama? E os talos dos brócolos? Não me digam que são dos que não aproveitam os pés dos cogumelos…. Compram um peixe inteiro e não levam a cabeça? Deitam fora os miúdos do frango? Pensem que todo o alimento vos custou a mesma coisa (e se compraram alho francês sem rama estão a pagar mais caro por isso). Portanto não desperdicem e respeitem todas as partes do alimento. A rama do alho francês bem picadinha pode ser refogada e aproveitada para acrescentar na sopa em vez de couve, ou num salteado de frango. Os talos do brócolos aproveitados no puré da sopa, a rama da cenoura num pesto, os miúdos de frango (se não gostam de os comer ) em caldos de carne caseiros ou para dar mais sabor a uma canja, e a cabeça do peixe e a espinha também podem fazer caldos e depois usar em massadas ou arroz de peixe.


10 - Fazer em casa - Fazer em casa pode ser uma forma não só de poupar dinheiro, mas também de terem a garantia de estão a comer alimentos que sabem como são feitos. Aqui temos também a questão do tempo - e tempo também é dinheiro - mas aproveitar que vão fazer um frango assado e fazer umas bolachas caseiras para o lanches dos miúdos em vez de comprarem feitas. Poderem fazer o vosso pão, ou manteiga de amendoim, ou um molho bechamel ou de tomate em vez de comprar. Fica mais barato, nem sempre demora assim tanto tempo, e de certeza que é, na maioria das vezes feito com melhores ingredientes.


Em ultimo caso, é tudo uma questão de orçamento. E o melhor conselho que vos posso deixar, além destas 10 dicas é comprarem a melhor qualidade que o vosso orçamento vos permitir.


segunda-feira, 17 de abril de 2023

Recomeços e" mealprep" - por onde começar!




Não há alturas certas ou erradas para recomeçar. É certo que passou muito tempo,

Demasiado tempo. Tanto tempo que mesmo quando pensava em voltar, achava que já não valia a pena. Mas a vida tem-me ensinado que, mesmo que as pausas sejam demasiado longas, mesmo que os projetos pensados nunca se venham a concretizar, a história não reza dos que desistem mas dos que continuam a perseguir sonhos e a fazer o que amam.

Em ultimo caso, voltar a este canto onde partilho coisas tão simples para quem as quiser ler, é o que me faz voltar. Porque aqui também é a minha casa. E acho que ainda vou a tempo de continuar, apesar desta longa pausa. Vamos a isso.


Aqui em casa as rotinas vão sendo adaptadas em função da nossa vida e da vida dos miúdos. Continuo a partilhar muitas dicas de Economia Doméstica para quem me tem acompanhado no Instragram (e se não o fazem sugiro que o façam - procurem-me por @joanacostaroque), mas sei que aqui tem outro sabor, outro contexto e outras facilidades e complementos.

Continuo a fazer meal prep - que é uma ferramenta super importante na minha vida e na minha rotina . 

E é com esse tema que retomo hoje,


A “meal prep” - preparação e organização das receitas da semana, suscitas muitas dúvidas e curiosidades, e há muitas pessoas que acham que não é para elas. Mas deixem que vos diga. A “mealprep” é para todos. E é para todos porque não tem um método infalível. Porque na verdade a preparação e organização das refeições da semana se adapta a cada família, a cada rotina a cada pessoa. 

O modo como eu preparo as minhas refeições semanais adapta-se a mim e à minha rotina. Mas a minha rotina, a minha família e as minhas necessidades são diferentes das suas. Portanto o que a “mealprep” faz é oferecer diferentes estratégias que cada um usa da forma como lhes faz mais sentido. E mais numa mesma semana podemos usar diferentes estratégias consoante as nossas necessidades. E é por isso que não existe uma formula mágica que resulte para todos.

Existem sim diversas estratégias que cada um de nós vai usar e adaptar da forma como nos faz mais sentido e nos serve melhor.


Planear e preparar as refeições da semana tem 3 grandes vantagens:


Comer Melhor

Poupar Tempo

Poupar Dinheiro


No entanto há 3 regras essenciais, qualquer que sejam as estratégias que cada um de nós adopta. Aquilo que eu chamo a “Santíssima Trindade”. E que tem de ser a base da qual todos partimos, e sem as quais não há preparação que nos valha.


São elas:


  • Inventário do Congelador
  • Ementa semanal
  • Lista de compras


Ou seja, se eu quero organizar e preparar as minhas refeições semanais em pouco tempo, de modo a rentabilizar da melhor forma o tempo que gasto a cozinhar e também o meu orçamento e comer de forma equilibrada e variada, eu preciso de planear, planear e planear. Não há volta a dar.


Partimos então de saber o que temos em casa. Sabem tudo o que têm no congelador e na despensa? Isso é essencial! Primeiro porque provavelmente tem imensa comida em casa congelada e nem se apercebem do que têm porque não têm um inventário actualizado. Depois, por não saberem o que têm em casa, provavelmente deixam estragar alimentos. Portanto se querem organizar-se, comecem por inventariar tudo o que têm no vosso congelador e até despensa. Façam uma lista de tudo. Risquem À medida que usam, e escrevam na lista tudo o que compram e congelam de novo. Tudo mesmo!

Podem usar uma simples folha de papel ou alguma aplicação. Eu uso o Google Keep, uma aplicação gratuita de listas, muito simples de tentar e actualizar. Uso-a não só para o inventário do congelador mas também para a lista de compras.


Depois do inventário concluído, é altura de fazer a ementa semanal. Tenham sempre como ponto de partida o que já têm em casa - daí ser importante começarem pelo inventário do congelador.

Se há bacalhau e frango congelado esses alimentos devem constar na ementa semanal. Não só estamos a usar alimentos que já compramos, como estamos a minimizar o tempo de congelação destes alimentos e a fazer uma maior rotatividade do que temos congelador evitando usar o congelador como um poço sem fundo onde se congela tudo, mas depois não se usa nada porque estamos a comprar tudo de novo.


Depois da ementa definida é fazer uma lista de compras detalhada. Se partimos do que já temos em casa, pressupõe que depois só compramos as faltas, Não se esqueçam de incluir nada desde o que precisam para os pratos principais como para lanches e pequenos almoços. Mais importante ainda, definam as quantidades do que vão comprar. Se só precisam de 500g de feijão verde para uma receita, não comprem 1kg. Só estão a comprar um alimento que na verdade não necessitam. E na hora de ir às compras evitem de um modo geral as compras pro impulso. Se a vossa lista estiver completa e bem feita, poucas ou nenhumas serão as coisas fora da lista que terão de comprar.


Com esta “Santíssima Trintade” - de terem um inventário actualizado, uma ementa semanal definida que vos permite saberem o que deixar a descongelar e preparar e evitar compras diárias antes de irem para casa depois de um dia de trabalho, e uma lista de compras funcional, garanto que conseguem ser depois muito mais eficientes a prepararem as vossas refeições.


Percam 15 minutos por semana a fazer esta preparação e nem imaginam no tempo que conseguem poupar durante a semana. 


Quem já não vive sem a “Santíssima Trindade”?

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Natal 2019


O natal já passou. A azáfama foi muita. As noitadas habituais para acabar os cabazes. As fornadas de bolachas, os mil e um pormenores das embalagens, as receitas de ultima hora. 
Preparar os sonhos, o peru e a torta de laranja e afins para o dia 24 e dia 25....
E depois celebrar entre todos, de um  lado e de outro. Juntar famílias, abrir presentes, aproveitar os miúdos, montar legos, jogar aos jogos.
E agora?
Agora é altura de balanços. Pensar em como foi 2019 e o que queremos para 2020.
Deixo-vos com algumas fotos dos meus cabazes de natal. Para vos continuarem a inspirar, e se encherem de coragem para os voltarem a fazer - ou fazerem pela primeira vez, quem sabe, em 2020!






Espero que o natal tenha sido santo e feliz para todos!

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

7 dias para o natal


Entramos na derradeira semana antes do natal. Hoje o meu aniversário e festa de natal do Zé Maria. E, a partir de amanhã começa a verdadeira azáfama de natal.
Vamos a ver se já consigo fechar os primeiros cabazes.
A questão das prendas está resolvida. O Natal orientado e desorientado, o peru encomendado.
Agora só vai dar cabazes de natal! Há suspirinhos para fazer, bolachas, bolinhos de natal, umas granolas e misturas de especiarias várias. vamos lá ver como vai tudo correr!
A minha ideias de transfers para os sacos de natal personalizados vai ser alterada, proque não encontro transfers para impressoras a lazer (só há para jato de tinta!) Mas tenho canetas de tecido, o que também pode ser uma alternativa!
Ainda não tiramos foto para os postais de natal, e não sei bem como vamos fazer em relação a isto!
Tenho um último workshop privado para acontecer, mas no fim, tudo se vai resolver!
É inevitável a azáfama a chegar a esta altura do ano!


E por aí? Tudo preparado?

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Mimos para Oferecer: Bolachinhas e Chá


Nas nossas actividades do calendário de advento e do natal, uma das coisas que faço sempre com os miúdos são bolachas simples para oferecer a educadoras, professora e auxiliares.
O ano passado fizemos uns pacotinhos com bolachas e chá, que as educadoras adoraram, e este ano repetimos a dose. Primeiro para a professora e auxiliares da escola do Zé, e depois vamos repetir a dose para a escola do António, e ainda para as professoras e auxiliares dos “tempos livres” do Zé.
Fazemos a coisa muito simples. Primeiro porque os tento incluir ao máximo, fazendo mesmo com eles esta actividade, e depois porque tento que percebam este significado de natal, de dar coisas feitas por nós, sejam desenhos, bolachas ou outra coisa qualquer. Porque também tento com eles promover esta troca de amor, que é mais do que prendas!

Optei por colocar as bolachinhas em sacos e celofane. Fechei os saquinhos com agrafos, e  decorei  com um pequeno naperon de bolos a fazer de enfeite. Prendi também uma saqueta de chá, e depois decorei com fitinha, bolinhas de natal e uma etiqueta que o Zé personalizou.


E vocês, o que costumam fazer para dar às educadoras e professoras no natal?